Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), pediu demissão do cargo nesta segunda-feira (8), após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares. A decisão foi oficializada por meio de carta publicada nas redes sociais do ex-ministro.
Na nota, Juscelino afirma que sua saída tem o objetivo de preservar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e garantir espaço para sua defesa. “Não cometi qualquer ilegalidade. Tenho convicção de que tudo será esclarecido”, declarou.
A PGR acusa o agora ex-ministro de beneficiar, com verbas públicas, o município de Vitorino Freire (MA), onde sua irmã é prefeita, além de supostamente receber propina por meio de empresas de fachada. O caso está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Flávio Dino.
Juscelino Filho era um dos nomes indicados pelo União Brasil dentro do acordo político firmado para garantir base de apoio ao governo no Congresso. O partido deve manter a indicação para o comando da pasta. O deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) é um dos cotados para substituí-lo.
A saída de Juscelino marca a primeira baixa no terceiro mandato de Lula provocada por uma denúncia formal de corrupção. O episódio expõe os desafios do governo em equilibrar a coalizão política com as pressões por integridade na gestão pública.
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