Tarifaço de Trump pode abrir espaço para exportações brasileiras de café e soja

Propostas do ex-presidente dos EUA incluem sobretaxa de até 60% sobre importações chinesas, o que pode beneficiar o agronegócio brasileiro.

Por wellington simões

Tarifaço de Trump pode abrir espaço para exportações brasileiras de café e soja

Foto: Ministério da Agricultura/Divulgação

A possibilidade de um retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos reacendeu discussões no mercado global sobre os impactos econômicos das medidas protecionistas que marcaram seu governo anterior. Entre as propostas já anunciadas por Trump para uma eventual nova gestão está a aplicação de tarifas de até 60% sobre produtos importados da China — o chamado “tarifaço”.

Embora vista com preocupação por alguns setores do comércio internacional, essa medida pode representar uma oportunidade estratégica para o Brasil, especialmente para as exportações de café e soja, dois dos principais produtos do agronegócio brasileiro.

Segundo analistas de mercado, caso os EUA imponham tarifas mais altas sobre a China, países como o Brasil podem ganhar competitividade no fornecimento de commodities agrícolas. “A soja brasileira já tem forte presença no mercado chinês. Se os EUA taxarem produtos chineses e houver retaliação, o Brasil pode preencher essa lacuna, inclusive ampliando participação no mercado americano”, explica o economista Roberto Dumas, especialista em comércio exterior.

O mesmo raciocínio se aplica ao café. Atualmente, o Brasil é o maior exportador mundial do produto, e tensões comerciais entre as maiores economias do mundo podem redirecionar a demanda para fornecedores alternativos — entre eles, o Brasil.

Apesar do possível benefício, especialistas alertam que o Brasil precisa estar atento às oportunidades com estratégia e planejamento. Investimentos em logística, ampliação da capacidade portuária e acordos bilaterais podem ser determinantes para aproveitar o momento, caso o cenário se concretize.

Além disso, o contexto global segue incerto, com tensões geopolíticas e mudanças climáticas que afetam diretamente a produção agrícola. Portanto, mesmo diante de uma janela de oportunidade, o setor deve agir com cautela.

 

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