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A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), deflagrou na manhã de terça-feira (11/3) a Operação DUT Falso, uma ação estratégica focada no combate a fraudes e adulterações de documentos de veículos furtados. O alvo principal da operação foi uma rede criminosa que utilizava despachantes para falsificar o Documento Único de Transferência (DUT) de veículos, facilitando a circulação de automóveis furtados e sua utilização em práticas criminosas.
A operação envolveu o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão em Goiânia, abrangendo locais estratégicos como residências de suspeitos, escritórios de despachantes e uma empresa de guincho, com foco na apreensão de documentos, equipamentos e veículos que pudessem comprovar a fraude. As investigações, que começaram no início de 2024, foram motivadas por uma denúncia que revelou o modus operandi do grupo criminoso. De acordo com a apuração, os despachantes envolvidos falsificavam os DUTs de veículos locados, mas não devolvidos dentro do prazo acordado entre locadoras e clientes. Ao falsificar os documentos, o grupo conseguia legalizar a circulação de veículos furtados, tornando-os aptos para a venda ou uso em outros crimes.
Além da falsificação de documentos, o esquema criminoso contava com o apoio de uma empresa de guincho, que tinha o papel de transportar os veículos adulterados para o Estado de Mato Grosso. Lá, os veículos eram empregados em atividades ilícitas, com destaque para o financiamento do tráfico internacional de drogas, uma prática que amplia as conexões da organização com outras redes criminosas transnacionais.
As investigações indicam que a rede criminosa não se limitava ao roubo e à adulteração de documentos, mas se expandia para atividades mais complexas, incluindo o financiamento de operações ilegais por meio da venda de veículos furtados ou da sua utilização em crimes mais graves, como o tráfico de drogas. A interligação entre diferentes atores e setores, como despachantes, empresas de guincho e traficantes, revela a profundidade do esquema e a sofisticação da organização criminosa.
A ação da DERFRVA não apenas desarticulou parte da operação criminosa, mas também abriu caminho para investigações mais amplas, com o objetivo de identificar outros membros da organização e desmantelar completamente a rede. As autoridades continuam a investigação para rastrear veículos e documentos falsificados e buscar outros envolvidos. A operação evidencia a importância de um trabalho conjunto entre a Polícia Civil e a sociedade, com denúncias que têm sido essenciais para a identificação de quadrilhas envolvidas em fraudes e crimes transnacionais.
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