A Prefeitura de Goiânia intensificou as ações de combate à dengue

Por Rede Livre

A Prefeitura de Goiânia intensificou as ações de combate à dengue

Foto: Desconhecido

A cidade de Goiânia, em resposta ao crescente número de casos de dengue, tem adotado uma série de ações intensivas de combate à doença. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem focado principalmente na ampliação das visitas dos agentes de endemias às residências, uma estratégia fundamental para reduzir os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças como a chikungunya e o zika vírus. De acordo com o gerente de controle de vetores, Leandro Gouvea, a medida visa não apenas a eliminação dos focos já identificados, mas também a conscientização da população sobre a importância de eliminar recipientes que possam acumular água e criar condições para a reprodução do mosquito.

Uma das principais ações realizadas nesse sentido foi a operação de limpeza chamada "100 dias de limpeza", que resultou na remoção de cerca de 11 mil pneus abandonados em várias regiões da cidade. A eliminação de pneus é uma ação importante, pois eles são conhecidos por serem um dos principais criadouros do mosquito, já que podem acumular água da chuva. Além disso, durante os mutirões, os moradores são orientados sobre práticas simples, mas eficazes, como a viragem de vasos de plantas e a remoção de lixo e entulho, que também podem servir como focos de proliferação.

Além dessas iniciativas de controle do mosquito, a Prefeitura de Goiânia tem investido na capacitação de médicos e enfermeiros para o manejo clínico da dengue. O secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, destaca que a identificação precoce dos sintomas e o início imediato do tratamento são cruciais para evitar complicações graves, como a desidratação, que pode levar à morte em casos mais severos. De acordo com Pellizzer, com o treinamento adequado, os profissionais de saúde podem fazer a diferença no manejo da doença, que, se tratada corretamente desde os primeiros sinais, tem altas chances de recuperação sem consequências fatais.

A situação epidemiológica em Goiânia, segundo os dados mais recentes do Boletim Epidemiológico da SMS, revela um aumento preocupante no número de casos de dengue. Nas nove primeiras semanas de 2025, a cidade registrou 4.247 casos confirmados, com destaque para a Região Noroeste, que apresenta a maior incidência, com 481 registros a cada 100 mil habitantes. Além disso, a região também é responsável por grande parte dos focos encontrados, com mais de mil residências vistoriadas na última semana e 36 focos de mosquito identificados. Este aumento no número de casos reforça a necessidade urgente de medidas de controle e prevenção.

A vacina contra a dengue também tem sido uma ferramenta importante no combate à doença. Embora a vacina ainda não esteja disponível para toda a população, ela é oferecida para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em diversas unidades de saúde em Goiânia. A disponibilização da vacina tem como objetivo proteger o público jovem, que é considerado um grupo vulnerável devido à exposição constante a ambientes com possíveis focos do mosquito, especialmente em áreas de alta incidência da doença.

É importante destacar que o combate à dengue não é responsabilidade apenas das autoridades públicas, mas também da colaboração de cada cidadão. A participação ativa da população na eliminação de focos de mosquito e na adoção de práticas preventivas pode ser determinante para o controle da doença. O trabalho conjunto entre agentes de saúde e comunidade tem sido uma estratégia eficaz em diversas cidades no Brasil, e em Goiânia, espera-se que essas ações integradas consigam controlar o avanço da dengue, evitando um colapso no sistema de saúde e, mais importante ainda, prevenindo perdas humanas.

 

Em suma, a Prefeitura de Goiânia tem adotado um conjunto de medidas coordenadas para combater o avanço da dengue na cidade, incluindo ações educativas, mutirões de limpeza e intensificação da vigilância. A eficácia dessas ações, no entanto, depende também da colaboração da população e do investimento contínuo em capacitação profissional e vacinas, garantindo uma resposta mais rápida e eficaz contra a doença.

 

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