Durante julgamento na Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na tarde desta quarta-feira (20/3), o Ministério Público Federal (MPF) voltou a defender que o ex-jogador de futebol Robinho cumpra pena de 9 anos de prisão no Brasil pelo crime de estupro, a partir de condenação proferida pela Justiça da Itália.
Em sessão iniciada nesta tarde para analisar se a sentença italiana deve ser homologada no Brasil, o subprocurador subprocurador Hindemburgo Chateaubriand reiterou parecer da PGR em situação anterior. O representante da PGR no julgamento ressaltou que todas as questões legais foram cumpridas e permitem que a sentença de Robinho seja cumprida no Brasil.
Além disso, Chateaubriand contrapôs os argumentos da defesa de que acordos do Brasil com a Itália não permitiria extradição. O representante do MPF ressaltou que “não se pode permitir a impunidade do brasileiro que cometeu crime no exterior, simplesmente porque o Brasil não o extradita”.
Chateaubriand leu os diálogos de Robinho com os amigos sobre a moça estuprada. Ressaltou que Robinho riu da vítima. E frisou: “É disso que se trata, de reconhecer um crime que foi praticado”.
Nos diálogos, Robinho diz: “Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina, a mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou”, afirma.
Ele também confirma que esteve com a moça albanesa que o acusa de cometer o crime junto de outros cinco amigos.
“Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá”, afirma o ex-jogador. “Os muleques que estão f… Olha como Deus é bom. Eu nem toquei na menina, agora eu vi o Rudney rangando ela, e os outros caras rangando ela. Então, os caras que rangaram ela vão se f…”, completa.
Logo após a fala do MPF, o advogado de Robinho, José Eduardo Alckmin, ressaltou que trata-se de garantir o direito de Robinho ser julgado no Brasil.
Fonte - Metrópoles